5 de março de 2017

JOSEPHINE BAKER, um convite literário para falar do Dia Internacional das Mulheres com as crianças

Josephine já passou pelo blog duas vezes! Eita paixão!!!

Semana do Dia Internacional das Mulheres, então falemos delas para as crianças!!! A grande questão é quais mulheres estamos apresentando ao universo infantil. As princesas do conto de fadas que esperam o príncipe encantado? Essa mulher não cabe mais na nossa sociedade. Ainda bem! Então vamos apresentar as diversas mulheres possíveis para esse mundo? Não estou falando para queimarmos os clássicos e nunca mais ler Cinderela ou Branca de Neve para as crianças. Só estou convidando para refletirmos sobre esses contos e para apresentarmos outros contos para meninos e meninas.
Aproveitando o dia internacional das mulheres tentarei postar livros de mulheres que são princesas e heroínas reais. Que estão presentes em mim, em você e em diferentes mulheres do cotidiano. Mulheres que exitem de verdade verdadeira! Para pais, mães, tias, tios, vovós e vovôs lerem para xs pequenxs. Para professorxs levarem para sala de aula. 


Para quem achar impossível trabalhar com crianças histórias dessas mulheres porque houve muito sofrimento e etc e tal... contra-argumento  deixando três experiências que tive em sala de aula e descrevi no blog sobre Mercedes BaptistaZuzu Angel e Frida Kahlo (é só clicar nos nomes das mulheres).
Agora vamos da Diva Josephine Baker!!! Já falei desse livro aqui e já usei quando trabalhei Mercedes Baptista... ou seja, um livro queridinho que vive fora da estante.

Livro: Josephine na era do jazz
Escritor: Jonah Winter
Ilustradora: Marjorie Priceman
Editora: Martins Fontes

JosephineBaker, a Pérola Negra, é o que podemos classificar como artista completa: dançava, cantava e atuava. Seu talento transbordava ao ponto de se destacar no cinema e teatro mundialmente, sendo a primeira num Estados Unidos marcado pelo racismo.
O livro, no primeiro momento, conta a história de Josephine retratando alguns (não todos, foram muitos e de arrepiar) episódios de sua infância pobre e difícil. Mostra como a menina começou a dançar como artista de rua e depois chegou aos palcos. Na história há um convite à criança leitora acompanhar o seu sucesso em Paris.



A ilustradora, Majorie Princeman, ao usa as cores de forma singular nos faz sentir tristezas e alegrias. O livro tem ritmo, as frases se repetem como se fosse um refrão de uma música. As vezes que conto essa história não consigo ficar parada, nem as crianças. Sempre termina com música e dança, saciando o desejo de reproduzir os passos das ilustrações. Jonah Winter, o mesmo escritor do belíssimo Frida, mais uma vez fez um livro que nos faz sentir e vibrar com a história.



Para findar essa obra maravilhosa recheada de cadência tem a nota do autor, na qual ele fala de detalhes da vida de Josephine que não entraram nesse livro, pois a história se finda em seu sucesso francês. Lá o autor conta da adoção de doze crianças de diferentes etnias formando a “Tribo Arco-Íris” denominada por ela e seu engajamento na luta por direitos humanos. A moça discursou ao lado de Martin Luther King nessa luta. Josephine tem tantos feitos, mas tantos que se fosse falar de todos a postagem teria o dobro do tamanho...


Viva Josephine Baker!

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