Josephine já passou pelo blog duas vezes! Eita paixão!!!
Semana
do Dia Internacional das Mulheres, então falemos delas para as
crianças!!! A grande questão é quais mulheres estamos
apresentando ao universo infantil. As princesas do conto de fadas que
esperam o príncipe encantado? Essa mulher não cabe mais na nossa
sociedade. Ainda bem! Então vamos apresentar as diversas mulheres
possíveis para esse mundo? Não estou falando para queimarmos os
clássicos e nunca mais ler Cinderela ou Branca de Neve para as
crianças. Só estou convidando para refletirmos sobre esses contos e
para apresentarmos outros contos para meninos e meninas.
Aproveitando
o dia internacional das mulheres tentarei postar livros de mulheres
que são princesas e heroínas reais. Que estão presentes em mim, em
você e em diferentes mulheres do cotidiano. Mulheres que exitem de
verdade verdadeira! Para pais, mães, tias, tios, vovós e vovôs
lerem para xs pequenxs. Para professorxs levarem para sala de aula.
Para
quem achar impossível trabalhar com crianças histórias dessas
mulheres porque houve muito sofrimento e etc e tal...
contra-argumento deixando três experiências que tive em sala
de aula e descrevi no blog sobre Mercedes
Baptista, Zuzu
Angel e Frida
Kahlo (é só clicar nos nomes das mulheres).
Agora
vamos da Diva Josephine Baker!!! Já falei desse livro aqui e já usei
quando trabalhei Mercedes Baptista... ou seja, um livro queridinho
que vive fora da estante.
Livro: Josephine na era do jazz
Escritor: Jonah Winter
Ilustradora: Marjorie Priceman
Editora: Martins Fontes
JosephineBaker, a Pérola Negra, é o que podemos classificar como artista
completa: dançava, cantava e atuava. Seu talento transbordava ao
ponto de se destacar no cinema e teatro mundialmente, sendo a
primeira num Estados Unidos marcado pelo racismo.
O
livro, no primeiro momento, conta a história de Josephine retratando
alguns (não todos, foram muitos e de arrepiar) episódios de sua
infância pobre e difícil. Mostra como a menina começou a dançar como artista de rua e depois chegou aos palcos. Na história há um convite à
criança leitora acompanhar o seu sucesso em Paris.
A
ilustradora, Majorie Princeman,
ao usa as cores de forma singular nos faz sentir tristezas e
alegrias. O
livro tem ritmo, as frases se repetem como se fosse um refrão de uma
música. As vezes que conto essa história não consigo ficar parada,
nem as crianças. Sempre termina com música e dança, saciando o desejo de
reproduzir os passos das ilustrações. Jonah Winter, o mesmo
escritor do belíssimo Frida, mais uma vez fez um livro que nos faz
sentir e vibrar com a história.
Para
findar essa obra maravilhosa recheada de cadência tem a nota do
autor, na qual ele fala de detalhes da vida de Josephine que não
entraram nesse livro, pois a história se finda em seu sucesso francês. Lá o
autor conta da adoção de doze crianças de diferentes etnias
formando a “Tribo Arco-Íris” denominada por ela e seu
engajamento na luta por direitos humanos. A moça discursou ao lado de Martin
Luther King nessa luta. Josephine tem tantos feitos, mas tantos que se fosse falar de todos a
postagem teria o dobro do tamanho...
Viva
Josephine Baker!
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