11 de março de 2017

Vamos apresentar DULARI DEVI para as crianças?


Semana do dia internacional das mulheres. Momento de relembrar o quanto já lutamos e temos que lutar para garantir respeito e reconhecimento. Então nada melhor de começar fazendo isso do começo. Isso mesmo, sendo redundante: começar do começo. Vamos apresentar para crianças pequenas mulheres fortes e importantes na sociedade. Literaturas com mulheres reais que lutaram e fazem parte desse mundo. Apresentar para meninas personalidades que transformaram suas vidas e que sejam como elas. Apresentar para os meninos crescerem respeitando os espaços delas, pois eles vão achar natural meninas estarem no local que quiserem estar. 
Essa é a terceira postagem da semana. Fiz uma no domingo sobre Josephine Baker e outra no dia Internacional das Mulheres sobre Wangari Maathai.
Hoje vamos falar de um livro infantil que é uma auto-biografia narrada da vida de Dulari Devi. Isso mesmo uma auto-biografia narrada! Essa é uma das muitas singularidades que o livro apresenta. Escrito na primeira pessoa por Gita Wolf que ouviu da artista sua história e a transformou em livro. Tudo porque Dulari Devi nunca frequentou a escola, portanto não sabe ler e nem escrever. 
A arte mudou a vida de Dulari Devi e como ela mesmo disse no livro "Hoje não sou apenas uma 'mulher da limpeza', sou uma artista". Nascida na Índia, de infância muito pobre começou a trabalhar muito cedo. Primeiro ajudando a mãe na venda de peixes na feira. Como o dinheiro nunca era suficiente, menina ainda, começou a lavar louça na casa das pessoas. A arte começou a entrar em sua vida como profissão no dia em que foi trabalhar numa casa em que 'patroa' era pintora. Nesse dia ficou claro que a pintura seria sua vida, pois foi o desejo de pintar que fez criar coragem e pedir à 'patroa' para fazer aulas de pintura com ela. Sua dedicação e estudos, regado de muito taleto fez dela uma grande artista. Mas sua história de vida e superação faz dela uma grande mulher. Com M maiúsculo. 

Livro: Acompanhando meu pincel
Escrito por: Gita Wolf baseado na narrativa oral de Dulari Devi
Ilustradora: Dulari Devi
Editora: WMF Martins Fontes

O livro contém imagens rebuscadas, fortes, alegres e vibrantes. Todas feitas pela artista plástica o que torna o seu conteúdo riquíssimo. De tão bela e ricas em detalhes, só as imagens bastariam para contar a história de Dulari Devi. Porém, a história contada em primeira pessoa nos aproxima mais e mais de cada imagem e de sua história de forma valorosa. Foi um livro demorado para ler, tenho que confessar que as 36 páginas se multiplicaram. A arte Mithila, estilo adotado por Dulari, é riquíssima em detalhes. Cada página é um universo.



Dulari já era artista antes mesmo de saber disso. Não podia brincar, pois tinha que trabalhar, e ao ver crianças brincando idealizou um lindo quadro antes mesmo de ter a consciência que podia pintar. Um pouco antes de trabalhar na casa da pintora e ter acesso aos instrumentos de pintura.



Assim Dulari re-construiu sua história e fez com que sua vida tivesse um rumo diferente. De empregada doméstica virou uma artista plástica reconhecida internacionalmente. Além de mudar a sua vida ainda carrega consigo a cultura de seu povo na sua arte. Seu estilo de pintar, a arte Mithila, é feita majoritariamente por mulheres do leste indiano e busca retrata o cotidiano das pessoas. Por isso a riqueza de detalhes e as muitas facetas da arte, cada comunidade rural e artista carregam suas nuances.


E através de encontros que a vida pode nos proporcionar que Dulari Devi virou livro. Um dia Dulari encontrou Gita Wolf e essa lhe fez a pergunta que se transformou nesse belíssimo livro para crianças de todas as idades, mas principalmente para as pequenas. Elas devem conhecer mulheres fortes e protagonistas de suas histórias. No livro vamos conhecer a respostada de Dulari Devi para pergunta feita pela escritora: 'Como você se tornou artista?'

8 de março de 2017

Wangari Maathai, a mulher que toda criança deve conhecer.

Wangari Maathai recebendo o prêmio Nobel da Paz.
Foto de John McConnico

Se fizermos uma lista de mulheres que mudaram o mundo ela não pode faltar! Apesar de ter crescido sem nunca ter ouvido falar dela. Juro que só conheci depois de grande, mas ainda bem que conheci e descobri a potência que tem nome de uma mulher Wangari Maathai. Então, hoje, no dia Internacional das Mulheres (e todos os dias) vamos falar com as crianças sobre mulheres reais, que modificaram suas histórias e de todos que estavam ao redor delas. Heroínas? Princesas? Rainha? Talvez isso tudo, mas o que é de maior importância é que fizeram a diferença na sociedade sendo mulheres possíveis, mulheres nós!!!
Vamos conhecer dois livros infantis que apresentam a história de Wangari Maathai (1940-2011), ativista do meio ambiente e primeira mulher africana a receber o prêmio Nobel da Paz. Tudo porque ela reflorestou o Quênia plantando mais de 30 milhões de árvores, além do reflorestamento veio um monte de outro aprendizado para cada pessoa que pode dialogar com Wangari, uma mudança no modo de se ver no mundo e na relação com a natureza. 

Livro: Wangari Maathai, a mulher que plantou milhões de árvores.
Escritor: Franck Prévot
Ilustradora: Arélia Fronty

“Menina, uma árvore vale mais que sua madeira!”
Essa frase embala o livro que conta a história da infância até o momento que ela ganha o Nobel da Paz. Frase que Wangari ouviu de sua mãe ainda menina e pode compreender o seu sentido quando retoma ao Quênia depois de um longo tempo fora estudando.



Assim ela resolveu contar essa frase para o mundo criando o Movimento do Cinturão Verde no qual, de aldeia em aldeia, de pessoa por pessoa, explicava a importância das árvores.
Um livro com cores fortes que prendem a atenção das crianças do início ao fim. Lindos desenhos em que os detalhes gritam... além da leitura vem junto um monte de debates ao olhar cada imagem.



No final ainda ganhamos uma linha do tempo e algumas frases ditas pela “Mãe da Floresta”, o que mostra mais detalhadamente a luta dessa mulher que revolucionou o país que nasceu.

"Não tenham medo de falar quando sabem que estão no seu direito. O medo nunca foi uma fonte de segurança." (Wangari Maathai)


Livro: Plantando as árvores do Quênia. A história de Wangari Maathai
Escrito e Ilustrado por: Claire A. Nivola
Editora: SM (Comboio de Corda) 

O segundo livro sobre essa mulher incrível conta a história da infância até a criação e ação do Movimento Cinturão Verde. O diferencial desse livro é que ele reproduz alguns dos possíveis diálogos da Wangari com a população, mostrando como sua luta virou coletiva.

 

Uma parte de destaque vai para o momento que a história mostra como ela consegui unir força de mulheres e empoderá-las. Todas analfabetas, mães e agricultoras que mudaram a própria vida e da comunidade. A força que Wangari atribuiu as essas mulheres foi tão grande, que em pouco tempo até quem não levava a sério as ações delas se juntou e uniu forças. Plantaram para reflorestar, plantaram para subsistência. O livro também mostra como Wangari reuniu forças. Estudantes, guardas e prisioneiros, todos eram possíveis militantes para uma causa que não era dela, nem dos quenianos, é nossa!



Ao findar, o livro, tem a nota da autora que conta um pouco mais da vida de Wangari Maathai pós a criação do Movimento Cinturão Verde, falando das ações dela até 1.999 e principalmente mostrando como contribuiu para a sustentabilidade de todos os cidadãos que se envolveram na luta por um Quênia verde.

"Eu sempre achei que nosso trabalho não era apenas plantar árvores, mas despertar nas pessoas o compromisso com o meio ambiente, com o sistema que as governa, com sua vida e seu futuro." (Wangari Maathai)


5 de março de 2017

JOSEPHINE BAKER, um convite literário para falar do Dia Internacional das Mulheres com as crianças

Josephine já passou pelo blog duas vezes! Eita paixão!!!

Semana do Dia Internacional das Mulheres, então falemos delas para as crianças!!! A grande questão é quais mulheres estamos apresentando ao universo infantil. As princesas do conto de fadas que esperam o príncipe encantado? Essa mulher não cabe mais na nossa sociedade. Ainda bem! Então vamos apresentar as diversas mulheres possíveis para esse mundo? Não estou falando para queimarmos os clássicos e nunca mais ler Cinderela ou Branca de Neve para as crianças. Só estou convidando para refletirmos sobre esses contos e para apresentarmos outros contos para meninos e meninas.
Aproveitando o dia internacional das mulheres tentarei postar livros de mulheres que são princesas e heroínas reais. Que estão presentes em mim, em você e em diferentes mulheres do cotidiano. Mulheres que exitem de verdade verdadeira! Para pais, mães, tias, tios, vovós e vovôs lerem para xs pequenxs. Para professorxs levarem para sala de aula. 


Para quem achar impossível trabalhar com crianças histórias dessas mulheres porque houve muito sofrimento e etc e tal... contra-argumento  deixando três experiências que tive em sala de aula e descrevi no blog sobre Mercedes BaptistaZuzu Angel e Frida Kahlo (é só clicar nos nomes das mulheres).
Agora vamos da Diva Josephine Baker!!! Já falei desse livro aqui e já usei quando trabalhei Mercedes Baptista... ou seja, um livro queridinho que vive fora da estante.

Livro: Josephine na era do jazz
Escritor: Jonah Winter
Ilustradora: Marjorie Priceman
Editora: Martins Fontes

JosephineBaker, a Pérola Negra, é o que podemos classificar como artista completa: dançava, cantava e atuava. Seu talento transbordava ao ponto de se destacar no cinema e teatro mundialmente, sendo a primeira num Estados Unidos marcado pelo racismo.
O livro, no primeiro momento, conta a história de Josephine retratando alguns (não todos, foram muitos e de arrepiar) episódios de sua infância pobre e difícil. Mostra como a menina começou a dançar como artista de rua e depois chegou aos palcos. Na história há um convite à criança leitora acompanhar o seu sucesso em Paris.



A ilustradora, Majorie Princeman, ao usa as cores de forma singular nos faz sentir tristezas e alegrias. O livro tem ritmo, as frases se repetem como se fosse um refrão de uma música. As vezes que conto essa história não consigo ficar parada, nem as crianças. Sempre termina com música e dança, saciando o desejo de reproduzir os passos das ilustrações. Jonah Winter, o mesmo escritor do belíssimo Frida, mais uma vez fez um livro que nos faz sentir e vibrar com a história.



Para findar essa obra maravilhosa recheada de cadência tem a nota do autor, na qual ele fala de detalhes da vida de Josephine que não entraram nesse livro, pois a história se finda em seu sucesso francês. Lá o autor conta da adoção de doze crianças de diferentes etnias formando a “Tribo Arco-Íris” denominada por ela e seu engajamento na luta por direitos humanos. A moça discursou ao lado de Martin Luther King nessa luta. Josephine tem tantos feitos, mas tantos que se fosse falar de todos a postagem teria o dobro do tamanho...


Viva Josephine Baker!

1 de março de 2017

RIO DE JANEIRO, livros infantis para conhecer a cidade maravilhosa

Saudoso Bonde de Santa Teresa e o Bloco Céu na Terra 
Carnaval Carioca - 2011

Todo mundo sabe do meu amor pelo Rio... minha cidade de corpo e alma!!!! Mesmo distante o amor não diminuiu, tipo mãe coruja que se orgulha de cada coisa linda que sai de lá, além de sofrer e chorar com todas as dificuldades que a cidade está passando. As belezuras da cidade começam no carnaval de rua (o melhor do mundo, rsrs) que transborda de fanfarras e fantasias maravilhosas, passando pelos sambas que você encontra em quase todos os bairros da cidade, chegando as belas praias que são ponto de encontro de muitas pessoas, mesmo que não se marque nada, entre milhões de outras coisas maravilhosas que existem na cidade como o Leão Etíope do Méier...  impossível citar todas. Assim é o meu (o nosso) Rio de Janeiro!!!! Um lugar no qual os espaços públicos promovem verdadeiros e intensos encontros.
Como é aniversário da Cidade Maravilhosa hoje, dia 1º de março, resolvi fazer uma seleção na biblioteca aqui de casa sobre livros infantis que falem do Rio de Janeiro.  Então vamos ao que interessa!!!
Livro: Rio de Janeiro a cidade maravilhosa
Escritora: Márcia Noêmia Guimarães 
Ilustradora: Ana Maria Moura
Editora: Cortez

Nesse livro o Rio de Janeiro é o narrador, desde o tempo que nem tinha esse nome e que era habitado pelos povos indígenas Tamoio, Goitacá, Tupinambá e Botocudo. Assim a história da cidade vai sendo apresentada para a criança leitora e todas as transformações que a cidade sofreu ao longo do tempo. As ilustrações que retratam o Rio de outro século são mescladas com fotos atuais da cidade, o que acentua mais as transformações sofridas e fica ótimo para as crianças perceberem. No final ainda tem algumas informações como o brasão, a bandeira, o hino e a localização da cidade no mapa do Brasil.

Livro: Versos para um Rio Antigo, poesia para criança
Escritor: Henrique Rodrigues
Ilustradora: Camila Perlingeiro dialogando com diversas obras de arte.
Editora: Edições Pinakotheke

Um livro de poesia para crianças sobre a cidade maravilhosa. Cada poesia foi inspirada em artes que retrataram o Rio de ontem. As inspirações passaram por Debret, Gustavo Dall'Ara, Emil Bauch, entre outros... cada imagem um poema, cada poema um cantinho da cidade maravilhosa. O legal que com as imagens e os poemas dá para contrastar com os lugares hoje usando imagens fotográficas ou vídeos. Ou até apresentar outros poemas ou músicas que falem de bairros não retratado no livro, como Vila Isabel e Mangueira. Dá pano para manga.

Livro: Cartola, Vila Lobos e Chiquinha Gonzaga
Escritora: Edinha Diniz 
Ilustrador: Angelo Bonito
Editora: Callis

Os livros fazem parte da coleção Crianças Famosas que conta a história de personalidades desde sua infância, o que é legal para aproximar das crianças pessoas famosas que são cristalizadas em nossas mentes como adultos. Esses três livros que tenho trazem as personalidades cariocas: CartolaChiquinha Gonzaga e Villa-Lobos. Todos são figuras importantes na construção da música e da história da Cidade Maravilhosa. Cartola construiu a Mangueira, Chiquinha Gonzaga viveu no centro do Rio Antigo, Villa-Lobos um carioca universal. Vamos conhecendo um pouco da história dessas crianças famosas na medida que as imagens e histórias sobre o Rio de ontem vão se apresentando para nós.

Livro: Um Quilombo no Leblon
Escritora: Luciana Sandroni
Ilustradora: Carla Irustra
Editora: Pallas

O livro narra um Rio de Janeiro do século XIX numa história que mescla ficção com fatos reais. O "esta história não é inventada", como a autora apresenta, fica por conta de descrever o Rio antigo e alguns personagens históricos. A trama gira em torno de  Zezinho, filho de Mariana e Godofredo que fogem de uma fazenda em Campinas e rumam em direção ao Rio de Janeiro, mais precisamente para o Quilombo do Leblon (primeiro quilombo abolicionista do Brasil). Além de re-contar a história da escravidão no Brasil pelo olhar de de pessoas que foram escravizadas o livro nos leva para um passeio ao Rio de Janeiro do final do século XIX, fazendo conhecer detalhes do Rio Antigo como outros nomes dados para os lugares: a Central do Brasil, por exemplo, tinha o nome de Estação Pedro II. Uma viagem no tempo pela cidade maravilhosa!!!


Livro: Cordel da Candelária
Escritora: Sandra Lopes
Ilustradora: Luciana Grether Carvalho
Editora: Escrita Fina


A Igreja da Candelária é tão bela que merecia um lindo cordel. É impossível ir ao Rio e não sentir vontade de entrar nessa igreja atraído por sua magnitude. O livro conta a história da construção da igreja que foi realizada para pagar uma promessa. O bom é que o livro pode ser porta de entrada para tratar de outros fatos históricos que a igreja presenciou e presencia. Muitos protestos e passeatas têm ponto de encontro na Candelária e lá ocorreu a triste chacina da Candelária. Ou seja, uma igreja de um milhão de histórias.



Livro: A República no Palácio do Catete
Escritoras: Magaly Cabral, Normanda Freitas e Jandira Gitirana Praia
Ilustrador: Ivan Zigg

Esse não é bem um livro, mas uma revista publicação do Museu da República que ganhei numa visita que fui com alunos. Estou apresentando porque essa e mais outras duas estão disponíveis na página virtual do museu (só clicar nesse link). Dá para imprimir, ler na internet ou para mostrar para as crianças em data show. As revistas vão apresentando a história do Palácio do Catete, portanto a história do Rio de Janeiro. Foram todas inspiradas no livro "Catete - Memórias de um Palácio" de Cícero Antônio Almeida e nos documentos do Arquivo do Museu da República. As ilustrações de Ivan Zigg dão um ar de almanaque às revistas e deixando-as mais atrativa para as crianças.

Livro: Pedra do Sal, um quilombo urbano
Escritor: Adelino Matias de Carvalho e alunxs
Ilustrador: Diversos

Esse livro é parte de um projeto ganhador do Concurso Tesouro do Brasil. Foi realizado por um professor de Geografia (Adelino Matias de Carvalho) e seus alunos do ensino fundamental II na escola Municipal Darcy Vargas, no qual foram produzidos poemas que dialogavam com a história e cultura da Pedra do Sal. O mais interessante que a escola se localiza na região e os alunos puderam encontrar com a sua própria história. Fizeram pesquisa, foram a campo e produziram poesias. 



Livro: Um Tursita em Santa Teresa
Escritor: Pedro Veludo
Ilustrador: Mário Proença
Editora: SEBRAE-RJ

A história do livro se passa no encantador bairro de Santa Teresa a partir do encontro entre um turista acidentado e duas crianças moradoras do bairro. O livro apresenta um pouco da história do bairro e fala de como o turismo influencia na economia. O autor do livro é morador de Santa Teresa e escreveu a história para o projeto "Santa Teresa: Território Turístico Sustentável". O livro tem dois tópicos que acredito que seja necessário problematizar. Um é o bondinho, que não existe mais e não foi só o turista que saiu perdendo, os moradores também e muito. Outro ponto a ser discutido é a pichação, pois o livro coloca como sujeira na parede e na realidade há muito debate sobre isso.

Parabéns Cidade Maravilhosa pelos seus 452 anos de história como Rio de Janeiro.