29 de maio de 2016

LIVRE CIRCUITO TÁTIL

Primeiramente gostaria de dizer que essa atividade foi desenvolvida com o Berçário, em um grupo que tem entre 1 ano e 1 ano e meio, na segunda semana de aula. Ou seja, adaptação ainda, portanto foi uma ótima atividade para interação entre as crianças e as educadoras, pois tudo passava pelo tocar, pelo sentir e o toque aproxima. Enfatizo isso porque geralmente posto atividades para maternal, mas considero a atividade pertinente para outras faixas etárias e para outros momentos sem ser adaptação, desde que tenha abordagens e contextualizações adequadas.


A atividade proporcionou um ambiente diferente para as crianças que ao entrarem na sala de aula se deparassem com um espaço totalmente modificado e um convite ao tocar e trocar com seus pares, tocar e sentir os diferentes objetos, brincar e principalmente explorar e experimentar o seu corpo e o lugar.




  
O espaço foi organizado com dois varais, no primeiro foi pendurado várias tiras de tecidos diferentes em texturas e cores. Assim as crianças poderiam tocar, passar, esconder-se. No outro varal, na outra extremidade, foi pendurado plásticos lisos e coloridos, plástico bolha e celofane colorido.



Pelo chão também forramos um plástico bolha, espalhamos bexigas de festa (essas recheamos com arroz, feijão, ervilha e farinha), algodão, uma vasilha com esponjas, escovas de diferentes tamanhos, madeiras, lixas e tecidos.





Outra coisa que produzimos foi um tapete de textura em que utilizamos lã, esponja, algodão, tecido, palha, plástico amassado e papel ondulado. Confeccionamos um bambolê com fitas de cetim coloridas e nas suas pontas chaves para fazer barulho e tocar.




A interação ocorreu de forma intensa, pois as crianças exploraram todos os espaços construídos.  Observamos que houve trocas entre as crianças, até a criança mais tímida, foi levada a compartilhar experiências com outras crianças. Foi belo vê-las trocando experiências, mesmo sem a oralidade desenvolvida a comunicação ocorreu de diferentes e gostosas formas. Assim aprimoramos a percepção visual, sensibilizados pelo tato e despertando os pequenos e as pequenas para a arte, além de aguçar a imaginação e criatividade. Tudo com uma linda trilha sonora: Yamandu Costa e Dominguinhos. Corra e monte o seu percurso sensorial, só não esqueça de comentar e compartilhar suas experiências com a gente. Todo conhecimento deve ser compartilhado.

 


 
  



   

10 de maio de 2016

O BOI DO MARANHÃO

Que tal apresentar um pouco da cultura maranhense para seus ou suas estudantes? Fizemos isso  e descobrimos como o estado é riquíssimo culturamente e recheado de descobertas para os pequenos. As crianças conheceram o músico Zeca Baleiro (prometo postagem em breve) e foi delicioso falar do Boi... Iniciamos conhecendo a história do Bumba Meu Boi. O maravilhoso livro escrito por Stela Barbiere e ilustrado por Fernando Vilela deu vida ao imaginar das crianças e principalmente ao nosso boi que foi construído após leitura do livro e uma imersão de registros fotográficos sobre o festejo do Boi do Maranhão.

Então começamos a construir nosso Bumba-meu-boi escolhendo a cor de fundo que daria vida ao boi e depois partimos para a escolha de vários retalhos para enfeitá-lo. Os retalhos tinham texturas diferentes, alguns esticavam outros eram transparentes e outros pesados e grossos. Exploramos todas as propriedades do tecido e findamos o corpo do nosso boi dando um toque com várias fitas coloridas de cetim que daria o balanço que é pertencente ao boi.




Outro momento que vivenciamos com a história do boi foi ela contata com bonecos, o reviver no dia seguinte a história já apresentada para as crianças com personagens que saltavam o livro permitiu uma interação com a história e pudessem reconta-la. E foi assim que os personagens brincaram com as crianças...

Depois disso decidimos que cada um poderia ter sua máscara do boi e então brincamos de agrupar, a matemática invadiu nossa atividade para nossos bois ganharem cor. A partir da chamadinha (a criança identificava seu nome no meio dos outros) cada criança sorteava uma carta que tinha uma cor e os grupos iam se formando de acordo com as cores sorteadasApós as máscaras do boi secar outro desafio matemático foi colocado: as fitas na cabeça do boi de um lado deveriam ter a mesma sequência de cor do outro lado. Depois um pouco de psicomotricidade, pois enfeitaram as máscaras com lantejoulas coloridas e assim lindas máscaras surgiram  e brincadeiras. Para encrementar de cores e rimas o brincar, fizemos a contação de história do livro Boi Multicor de Jorge Conceição (um mestre que vale a pena buscar mais sobre ele).



  





Também apreciamos diversos vídeos da festa do Boi no Maranhão e em seguida construímos um pequeno boi tão colorido como o boi maranhense. Assim trabalhamos percepção visual e esquema corporal porque os alunos tiveram que montar parte por parte do corpo do boi. Para enfeitar nosso boi como manda o figurino muitas lantejoulas para deixar seu boi com o couro bem brilhante.




Assim o maranhão foi criando corpo no nosso universo e o boi mostrando sua energia vital que permanece viva graças a alegria de um povo em contar e recontar sua história através de muita festa. Então brincamos e dançamos muito. Brincamos de pegar com olhos vendados e quem era pego se tornava o boi, depois com muita música dançamos. Outra coisa que seduziu nossos pequenos foi gravá-los dançando e depois mostrar para eles. As crianças gostam de se ver no vídeo. Já fiz isso algumas vezes e foi um sucesso.


  
  

   

Outro aspecto que não posso ignorar são os desenhos de bois que surgiram após explorarmos essa temática. Muito significativo, visto que eles tinham entre 3-4 anos. Todos os detalhes trabalhados foram registrado nos desenhos. 



Livro: Bumba-Meu-Boi
Escritora: Stela Barbieri
Ilustração: Fernando Vilela
Editora: Girafinha

Livro: Bumba-Meu-Boi
Escritor: Jorge Conceição
Ilustrador: Mário Sérgio Moura
Editora: Vento Leste